Na confusão de reflexos do teu olhar, espelhos esbatem atrapalhados o embaciar dos teus músculos suados.
É difícil espelhar o sentido das palavras sem te ver, ao contrario não faria sentido.
Nem nas cores dum diamante se te encontro, se ocultam as linhas que te pintam, nem no sol a cair sobre a chuva se te desenham os teus choros.
Os verbos amar, odiar cortam a pele da mesma forma.
Nem na distância, nem no tempo, nem no tempo, nem na ânsia.
Nem sou eu, nem és tu, é um mundo maior do que nós.
Espelhos reflectem-se e, se não estás no meio, não existes.
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