Hoje não te quero ver estás vazia, sabes bem que não gosto de te visitar vazia. Hoje só de pensar em entrar em ti, vazia, davam-me voltas á garganta, fui por isso errando entre as paredes da pequena Lisboa.
Andei ao encontro das tascas que, cheias, me mantinham o mais longe do teu vazio. A tua falta de tudo era o meu nada.
Mais tarde passei pelos escassos bares procurando antigas companhias, novas caras ou até mesmo aquelas para as quais é difícil parar a olhar.
Já bebido e muito esquecido, voltei para ti. Ainda que vazia eras a única que tinha o jeito de me abrigar.
Hoje não te vou querer ter, és vazia.
Sem comentários:
Enviar um comentário