É ao descer na tinta que envolve
o cetim doce da tua pele,
ao contornar os traços inacabados
com a ponta da língua,
que me sobe à cabeça
e à ponta dos dedos
a estatica força de te jogar
o corpo contra a parede.
De te prender as mãos
em volta do pescoço
e te rasgar os labios
com o afiado prazer
no gume dos dentes.
Com as unhas cravar-te
pedaços de carne,
no meio da seda áspera dos lençóis,
a retalhar-te pedaços do passado
enquanto os teus olhos dançam
dentro das órbitas em torno do sol.
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