domingo, 25 de julho de 2010

Sal grosso

Reflexos da tua pele nua caminham ao meu lado, nas folhas do jardim.
Pensava já as ter podado no verão que passou.
O que o vento não leva fica no chão à espera que o apanhes, e tu nem te baixas.

Sabes, quando era pequeno a minha mãezinha dizia-me, não batas nas meninas que elas são frágeis. Só que depois daquele espelho partido não consegui parar de te bater. Sabes que sou fraco de mais, sabes que não suporto que me olhes dessa maneira, sabes-me mas não te importas e continuas a olhar-me com o mesmo ar de boneca.

Nunca digas nada de que te arrependas, nunca faças nada que não gostes, nunca fodas com quem já te fodeu.

A brisa que te leve pra longe de mim, por estradas rectilíneas e que nunca cá passe outra vez.

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