domingo, 15 de agosto de 2010

Lápis semi-curto

Porque o carvão só se grava no papel
quando o peito doí...
A inconstante dormência de braços
no meio da cidade.

Não és tu que quero,
nunca foi assim que começou.
É nas feridas que ficam
que se contam os dias que interessam,
esses toldam a visão.

O fumo a nicotina queimada
teima em rasgar os olhos,
a brasa apaga-se nos ossos.
A musica nos phones
não cessa nem no quarto,
quente,
escuro.

Nunca foi assim que acabou.

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